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Autonomia para professores foi o segredo da evolução educacional da Finlândia, diz embaixador; assista

Brasília vai receber, no próximo dia 16, o seminário internacional sobre inovação, educação e futuro com pesquisadores da Finlândia e do Brasil. O país europeu é uma referência em relação a resultados sociais, segundo a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).  “Eu diria que não tem segredos. Todo o nosso sistema se baseia nos fatos bastante comuns e numa mistura que deu certo”. Ele  acredita que a palavra certa para a transformação educacional no país seria evolução e não “revolução educacional”. “Desde os anos 1970 e 1980 houve um investimento pesado na formação dos professores na Finlândia”, explica embaixador Jouko Leinonen. Ele aponta que esse seria um dos segredos, “se é que existem segredos”, para evolução educacional no seu país. Hoje, o país nórdico, menor que estado de Goiás, é uma potência em educação no mundo desde a educação básica. “Quanto mais investimos em formação dos professores, mais autonomia damos a eles”, completa. 

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“Só as melhores universidades podem ter curso de formar professores”, afirma Jouko Leinonen. Ele explica que a medida que foram feitos investimentos em escolas de autonomia as decisões sobre educação passou cada vez mais a ficar nas mãos de quem entende do assunto e menos nas mãos dos políticos, “essas decisões são feitas sobre quem sabe sobre pedagogia, sobre ensino e sobre quem sabe como funciona as escolas”, completa.  

“Não estamos aqui para ensinar. Estamos aqui para trocar experiências”, diz embaixador. Ele afirma que cada país tem a sua história com a educação e formação e completa. Ele  explica que o  país estará sempre aberto para mostrar a delegações brasileiras como funciona sistema de educacional finlandês, como uma inspiração para adaptar a realidade brasileira. “Todo país é um pouco diferente, tem bases diferentes. Claro, que não pode ser fotocopiado direto, nesse sentido não podemos ensinar, mas podemos mostrar como construir uma conexão, por exemplo, entre formação acadêmica e teórica do estudante e a prática”, aponta. 

Apesar da diferença entre o tamanho dos países, o Brasil e a Finlândia, segundo o embaixador, têm um ponto em comum muito importante: em ambos as pessoas são muito curiosas para compreender como as novas tecnologias funcionam. 

“Se me perguntassem qual é o país mais feliz do mundo, eu diria que é o Brasil”, diz quando questionado sobre o ranking das Nações Unidas que elegeu o seu país como o mais feliz do mundo. A avaliação leva em consideração a qualidade de vida entre as populações dos países mundo afora.  “O Brasil vai subir nesta colocação, eu estou certo”, diz o embaixador que afirma ainda que já percebe alguns avanços na educação brasileira em comparação com anos atrás.

“Valores como democracia são essenciais para alcançar avanços na esfera social”, complementa o embaixador. Ele não compreende que um país pode avançar socialmente se não considerar valores como igualdade, democracia e educação. 

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Por Larissa Calixto

Imagens de Melquizequi Lopes

Supervisão de Luiz Claudio Ferreira