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Brasília tem filmes acessíveis a pessoas surdas

O Cine Cultura Liberty Mall iniciou uma exibição de filmes nacionais com maior acessibilidade a pessoas surdas ou com alguma deficiência auditiva, reunindo vários sucessos do cinema brasileiro atual. A ideia do evento “Cine Surdo” é proporcionar a mesma experiência que boa parte da população tem chance de ter com a Sétima Arte. Por isso, as sessões vêm acompanhadas com legendas áudio-descritivo para o público deficiente auditivo.

Na última semana, foi exibido o filme ‘’Menina de barro’’, que conta a história da menina superdotada Diana. O longa expõe sua vida de forma pesada, mostrando a protagonista lutando contra o bullying nas escolas, ao mesmo tempo em que tem de lidar com os problemas de sua família. Além das sessões, é feito um debate sobre a acessibilidade do público na cultura, acompanhado de um tradutor de libras, e sempre após a exibição. O evento vai até 16 de dezembro, sendo no sábado sempre às 10h, e no domingos sempre às 13h. A entrada é franca.

Segundo a coordenadora de acessibilidade do projeto, Bárbara Barbosa, os filmes voltados a pessoas surdas têm que ser brasileiros, novos, em lançamento. “Temos feito uma curadoria diversificada, baseada em filmes de boa qualidade e bem variada para procurar atender a maior quantidade possível de público. Mas, dependemos também das distribuidoras para disponibilizar esses filmes”. Os filmes são divulgados para o público em geral, uma vez que o projeto é aberto, por meio das redes sociais, do site do projeto www.cinesurdo.com.br, mídias tradicionais e focada no público formado por pessoas surdas e conta com apoio da Associação Brasileira de Surdos Oralizados, do Movimento Legenda Nacional, da Sessão Azul e da Para Ouvir. Assim, alcançamos diretamente nosso público alvo.

“No Distrito Federal, e de acordo com o documento da Codeplan (Companhia de Planejamento do Distrito Federal) de 2010, cerca de 570 mil pessoas vivem com alguma deficiência, o que representa 22% da população. Dentro deste percentual, 14,4% são deficientes auditivos, propriamente ditos, e existe sim uma classificação aí: existem os surdos sinalizados, que utilizam a linguagem de libras para se comunicar, e os surdos oralizados, que utilizam a língua portuguesa mesmo. Mas este último tipo, você pode encontrar pessoas utilizando implantes, que são aqueles aparelhos na orelha, para aperfeiçoar a comunicação”, afirma.

Por Felipe Tusco Dantas

Supervisão de Luiz Claudio Ferreira