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Fuzileiros navais lançam foguetes em exercício internacional em Formosa (GO)

O Campo de Instrução de Formosa (GO) recebeu, por exemplo, o Lançador Múltiplo de foguetes Astros II. No último dia, órgãos de imprensa e autoridades foram convidados a assistir a uma série de demonstrações dos exercícios de treinamento.  O exercício preparou a tropa tanto para combates de alta intensidade quanto para situações presentes em ações de baixa intensidade, como as realizadas nas operações de Garantia da Lei e da Ordem ou missões de paz em solo estrangeiro. A manobra realizada para transportar a tropa e o equipamento envolvido até o local também é considerada um treinamento importante, pois a grande distância percorrida supera a atravessada pelos exércitos envolvidos nos conflitos mais recentes, como no Afeganistão ou na Síria.

Essa presença permite, segundo o almirante de esquadra Leal Ferreira (comandante da Marinha), uma troca de experiências entre os militares brasileiros e estrangeiros principalmente no que tange à questões doutrinárias e de aptidões.

Exibição da Tropa de Reforço

A primeira demonstração apresentada foi de uma patrulha, com finalidade de garantir a segurança das instalações e restringir as ações inimigas. Foram exibidas ações de primeiros socorros, descontaminação de agentes radioativos ou contaminantes e de desarmamento de explosivos.

A prática constante desse tipo de treinamento se mostra necessária no contexto atual, em que as operações de Garantia da Lei e da Ordem se tornaram frequentes. Além disso, exercícios de primeiros socorros são importantes na execução das operações que envolvem militares na intervenção federal no Rio de Janeiro; onde enfrentamentos entre as forças de intervenção e traficantes são constantes e três militares foram mortos até o momento em decorrência dos confrontos.

Exercício de alta intensidade

Após a primeira exibição, os fuzileiros realizaram uma demonstração de desembarque anfíbio em larga escala- prática necessária em exercícios dos fuzileiros navais, pois a Estratégia Nacional de Defesa os considera como uma “força expedicionária por excelência”.

Inicialmente, uma infiltração por pára quedistas do batalhão Tonelero é realizada para fazer o reconhecimento do terreno e da posição inimiga. O batalhão Tonelero é uma unidade de comandos anfíbios: militares especializados no emprego de métodos não convencionais para atacar alvos específicos, resgatar ou capturar material ou pessoas, obter informações, despistar o inimigo e produzir efeitos psicológicos.

Em seguida, um esquadrão de aeronaves AF-1 bombardeou com bombas reais a área demarcada pelos comandos anfíbios e então regressou para a base, neutralizando as posições inimigas. A área logo depois foi bombardeada por uma bateria de obuseiros, ação necessária para o enfraquecimento do inimigo. Uma Aeronave Remotamente Pilotada passou pelo local para um novo reconhecimento.

Por: Paula Beatriz

Foi identificada a presença de um artefato explosivo, que integra uma grande ameaça em uma pequena instalação representada por uma casa. Um esquadrão de militares especializados em desativação de explosivos, acompanhado de um cachorro adestrado em reconhecimento de cargas explosivas foi acionado para localizar o artefato e se possível neutralizar seus efeitos. Essas ações foram realizadas constantemente durante diversos eventos internacionais recepcionados no Brasil, como os Jogos Olímpicos de 2016 e a Copa do Mundo de 2014.

Por: Ana Paula Teixeira

Ação de ataque

Aeronaves são enviadas para sobrevoar as posições inimigas e preparar o ataque em terra. Primeiramente, a 2 km do local, foi enviada uma coluna de viaturas blindadas para realização de de desbordamento: manobra em que um pedaço da força é encaminhada para distrair o inimigo em uma posição que não é a do ataque principal, deixando vulneráveis as suas defesas em outros locais.

Logo em seguida, foi reconhecida uma brecha no setor defensivo do inimigo no flanco norte, para onde foi direcionada a força principal. Foram enviadas seis viaturas blindadas transportando uma companhia de infantaria, que disparou com fuzis e metralhadoras contra o alvo, buscando utilizar o máximo alcance de seu armamento. O ataque foi encerrado com sucesso, destruindo o inimigo.

Para desarticular as reservas inimigas e o impedir de canalizar novos meios para o local e proporcionar a possibilidade de aprofundar o combate, foi realizado o disparo de uma rajada de foguetes usando uma Bateria Lançadora Múltipla de Foguetes, equipada com o sistema Astros II de fabricação nacional.

Após o ataque, a munição disponível atingiu níveis críticos, e um helicóptero transportou uma carga externa de munição para suprir os militares. Viaturas do Batalhão Logístico de Fuzileiros Navais chegaram logo em seguida em comboio para fornecer demais suprimentos e transportar feridos.

Por: Ana Paula Teixeira

Após a operação, o comandante da Marinha explicou que são realizadas três fases de treinamento ao longo do ano. “No começo do ano, as  unidades menores são preparadas e treinadas separadamente e depois se unificam, formando assim unidades maiores. A junção das unidades resulta em exercícios mais complexos. O último treinamento do ano de 2018 será realizado em novembro com a inclusão do desembarque anfíbio”.  O comandante disse acreditar que os fuzileiros alcançam o mesmo nível dos melhores do mundo. 

Por Ana Paula Teixeira, Lucas Neiva e Paula Beatriz

Vídeos: Lucas Neiva

Supervisão de Luiz Claudio Ferreira