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Helena Manzan expõe “Amazônia” no Brasil, Itália e Japão

A artista plástica mineira Helena Manzan, que há 20 anos vive em Castel San Vincenzo, na Itália, colhe os frutos de um trabalho incansável de criatividade e sensibilidade desenvolvido ao longo desse tempo. Ela comemora a conquista de uma medalha de ouro pela sua participação na Bela-Bienal de Arte Contemporânea Europeia e Latino-Americana 2019, no Rio de Janeiro, com a obra intitulada “Amazônia”, que contempla o tema sustentabilidade.

A mostra Bela–Bienal teve a curadoria do galerista da Finlândia, Edson Cardoso, dono da AVA Gallery. O coquetel de premiação aconteceu no dia 08 de maio último, no Centro Cultural Correios (RJ), sem a presença de Manzan, que está envolvida na organizando de suas obras que irão participar de outras duas exposições: Em Siena, na Itália, de 21 de junho a 7 de julho, na Galleria Cesare Ollmastroni; e na cidade Osaka, no Japão. “A divulgação do meu trabalho em Siena já está a todo vapor”, diz Manzan.

“Amazônia”

A tela “Amazônia” foi concebida dentro da floresta amazônica durante uma das de várias expedições científicas que Helena Manzan empreendeu, através da Universidade Federal de Uberlândia (UFU), onde ela foi graduada em Artes Plásticas. A obra foi produzida com uma ecdise de jiboia (troca de pele) e, através desse trabalho, a artista transmite sua mensagem de conservação ambiental: “Essa obra representa um véu que cobre o mundo e que cabe a nós preservá-lo”.

Para produzir a série sobre répteis, Manzan conta como faz: “Eu me concentro, respiro a vida, o ar do lugar, o som e os tons do verde, o silêncio”. Aí ela absorve o que chega até à sua alma, dá um zoom na natureza para criar, em alto relevo, uma pele de serpente, o movimento da cauda de um jacaré, as reentrâncias de um tronco de árvore e outros detalhes que podem não ter fim se a deixarem ali quieta na natureza, só capturando com suas lentes visuais o belo e também tudo aquilo que o homem está tornando feio no ambiente, com o desmatamento e a caça aos animais, entre outras interferências.

O crítico italiano, Antonio Picariello, fala sobre a artista no documentário “Le forme dell´universo”, sobre Helena Manzan: “Brasileira que teve um sonho de viver na Itália e, tão logo a conhecemos, imaginamos uma certa espiritualidade, uma produção excepcional. Ato de magia. No tempo justo, ela usa toda a sua criatividade para gerar”. (Confira o documentário no link: https://www.youtube.com/watch?v=QYqLDQi6Lng ).

A artista nascida em Tupaciguara, é filha de pai italiano e mãe brasileira, e foi morar em Uberlândia (Triângulo Mineiro), quando ainda era criança. No final dos anos 90, ela começou a expor na América Latina e na Europa e, em 2002, mudou-se definitivamente para a Itália onde vive e trabalha, com seu estúdio instalado num castelo. Realizou várias exposições nacionais, internacionais, individuais e coletivas, com acervo em vários países. A partir da participação em bienais importantes na Rússia e Itália, entre elas a 54ª Bienal de Veneza, Manzan teve o convite para a Bela-Bienal.

Manzan diz que está “muito feliz” por apresentar suas obras, este ano, em tantos espaços de arte, e por expor, pela primeira vez, no Rio de Janeiro. Também no Rio, ela fará uma individual, em março de 2020: a Archetyp´art Helena Manzan, no Centro Cultural dos Correios, com AVA Gallery e curadoria de Antonio Picariello. Complementando o circuito 2019, a artista foi convidada para expor “Amazônia” em Osaka, no Japão, no Enokojima Art Center, de 26 de maio a 2 de junho, graças à medalha conquistada na Bela-Bienal.

“Na pintura informal, criar é como compor uma sinfonia. Eu gosto de movimento e pretendo criar, criar e criar, sempre com o meu jeito simples e profundo de ver a arte e sempre valorizando os meus símbolos arquétipos, que são os segredos da minha terra de origem, o Brasil. ”

Ana Guaranys