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Jabuti tem inscrições abertas até dia 28 e vai premiar com R$ 100 mil; veja entrevista com vencedor de 2017

O Prêmio Jabuti de Literatura chega à 60ª edição reformulado e com premiação recorde de R$ 100 mil. O mais cobiçado prêmio literário brasileiro será entregue no dia 8 de novembro, às 19h, no Auditório do Ibirapuera. As inscrições vão até dia 28 de junho.

A edição de 2018 traz novidades como o acolhimento de escritores independentes e a reorganização das categorias. Foram divididas em quatro eixos: Literatura, Ensaios, Inovação e Livro. Cada categoria passa a ter apenas um vencedor, e os aclamados nos dois primeiros eixos citados concorrem ao grande prêmio de Livro do Ano. As obras poderão ser inscritas pela editora ou pelo autor, ilustrador, tradutor, capista, produtor gráfico, gráfica ou por procurador devidamente constituído.

Biografia vencedora de 2017

O livro como um reparo, uma tentativa de corrigir informações. Essa foi a motivação do escritor Luiz Bernardo Pericás para escrever livro “Caio Prado Junior: uma biografia política”, sobre o historiador e político brasileiro de ideologia marxista. “Encontrei insuficiências em outras obras. Questionei algumas informações e encontrei erros. Por ser meu tio-bisavô, tive acesso a documentos de família inéditos, nunca antes catalogados”.

Como inspiração para escrever o livro, o autor, que é professor da Universidade de São Paulo (USP), visitou o sítio e a casa do biografado. Conversou com filho, ex-mulher, cruzou dados da vida com a obra e acreditou que poderia escrever um livro interessante. Já havia escrito artigos acadêmicos, mas nunca algo deste tamanho (666 páginas). Foram seis anos de trabalho incessante.

Luiz Bernardo Pericás entende que existam dele mesmo com o biografado, que vão além do parentesco com Caio Prado: “o comprometimento com causas sociais, com o Brasil, e os interesses intelectuais”. Além disso, admira a coerência política e a fidelidade ao partido no qual era vinculado (Partido Comunista Brasileiro – PCB)”.

Escrever um livro sobre o maior historiador marxista brasileiro e um dos maiores historiadores do século 20, de acordo com Pericás, valeu um prêmio. Ele considerou surpreendente. “Fiquei muito feliz. Me surpreendi pela indicação. Achei que o trabalho merecia. Eram muitos trabalhos heterogêneos, desde FHC à Rita Lee. Depois de vencer o prêmio Juca Pato, achei que poderia vencer o Jabuti também”.

Por Vinícius Heck

Supervisão de Luiz Claudio Ferreira