Leia mais

Mais lidas

Útimas notícias

UHE Corumbá IV entra no mundo da tecnologia aérea

Um drone Phantom 4 Pro começou a fazer o monitoramento ambiental de plantas aquáticas (macrófitas) no reservatório de Corumbá IV, marcando a entrada do empreendimento na era da tecnologia aérea. O equipamento foi adquirido recentemente pela Corumbá Concessões S.A. (CCSA) e está possibilitando a obtenção de imagens aéreas de alta resolução e em tempo real em rios que deságuam no lago.

O equipamento pesa 7 kg, tem alcance de 7 km e autonomia de voo de 30 minutos. Através de imagens capturadas em locais de difícil acesso, o drone registra o aumento e a redução da quantidade de macrófitas no espelho d’água, com exatidão de medidas, de forma a auxiliar a retirada das plantas.

Segundo João Victor Guedes, do Departamento de Meio Ambiente da Corumbá Concessões, até então a captura de imagens era feita através de satélite, que é um serviço caro, disponibilizado por empresa que atende a outras demandas em várias partes do mundo. “Quando precisávamos de fotos aéreas, tínhamos que aguardar um satélite passar pelo céu do Brasil e do Centro-Oeste, durante um certo período e, por isso, não nos dava exatidão de dados que queríamos”, explica. Outra vantagem do drone é capturar imagens de alta qualidade e no momento desejado.

Macrófitas

A presença dessas plantas aquáticas flutuantes pode indicar que na água há nutrientes provenientes de lançamento de esgoto nos rios Descoberto e das Antas. Até agosto de 2016, o processo de retirada das plantas aquáticas era como uma operação “enxuga-gelo”, devido à sua rápida reprodução. Mas, com a aquisição, pela Corumbá Concessões, de um barco ceifador, Scarabeus, de tecnologia da empresa norte-americana Aquarius System, o processo de extração das macrófitas foi agilizado.

A CCSA faz o monitoramento ambiental a cada três meses ou quando surge demanda em outras áreas. João Guedes explica que desde o início de operação da usina, há 12 anos, a empresa retira as plantas aquáticas do reservatório para evitar que elas se alastrem e cheguem até ao local da captação de água para a geração de energia.

“Tampando o espelho d´água, a passagem de luz é bloqueada e compromete a vida aquática”, complementa. Santo Antônio do Descoberto e Silvânia são os dois pontos críticos onde existe maior quantidade de macrófitas, que são transformadas em adubo orgânico para doação a produtores rurais dos municípios do entorno do reservatório.

A Corumbá Concessões recebeu em maio desse ano a visita de técnicos da UHE Aimorés, da Cemig (Minas Gerais), que teve 70% do reservatório tomado por macrófitas, para conhecer as tecnologias do barco e do drone e emprega-las na usina.