Leia mais

Mais lidas

Útimas notícias

Centro 18 de Maio é referência no acolhimento de crianças e adolescentes vítimas de violência sexual no DF

O enfrentamento ao abuso e à exploração sexual de crianças e adolescentes no Distrito Federal conta com um importante aliado: o Centro de Atendimento Integrado 18 de Maio. Ligado à Secretaria de Justiça e Cidadania do DF (Sejus), o espaço se tornou referência pelo acolhimento humanizado e pela atuação técnica de uma equipe formada por psicólogos, assistentes sociais e pedagogos especializados.

O principal diferencial do Centro é a escuta protegida e especializada — procedimento previsto na Lei nº 13.431/2017 — que permite às vítimas relatarem suas experiências em um ambiente seguro, sem a necessidade de repetir o depoimento várias vezes. Todo o processo é conduzido por profissionais capacitados, garantindo respeito, privacidade e reduzindo os danos emocionais.

Além do acolhimento, o Centro 18 de Maio integra a rede de proteção da infância e adolescência, trabalhando em conjunto com os 44 conselhos tutelares do DF e em articulação direta com a Subsecretaria de Políticas para Crianças e Adolescentes (Subpca/Sejus), responsável por implementar as diretrizes do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).

Em 2023, o Distrito Federal registrou 227 denúncias de violência sexual contra crianças e adolescentes. Segundo dados da Coordenação de Denúncias de Violação dos Direitos da Criança e do Adolescente (Cisdeca), 69% das vítimas tinham menos de 12 anos e 66% eram meninas.

Por que 18 de Maio?

O nome do Centro faz referência ao Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, celebrado hoje (18). A data foi instituída oficialmente no Brasil em memória do caso Araceli, uma menina de oito anos que foi brutalmente assassinada em 1973, em Vitória (ES), após sofrer violência sexual. O crime, que até hoje choca o país, tornou-se um símbolo da luta pela proteção da infância.

A escolha do nome reforça o compromisso do Centro com a causa, lembrando que o enfrentamento à violência sexual exige ações permanentes, articulação entre poder público e sociedade civil, e acolhimento especializado às vítimas. Mais do que uma homenagem, a data representa um chamado à responsabilidade coletiva.

“A proteção e garantia de direitos de nossos meninos e meninas é prioridade absoluta. A implementação de programas que previnem e coíbem o abuso sexual mobiliza a Rede de Proteção e resulta no enfrentamento à violação de direitos vivenciada por muitos”, afirma a secretária de Justiça e Cidadania do DF, Marcela Passamani.

Canais de denúncia:

• Cisdeca – 125 (gratuito, de segunda a sexta, das 8h às 18h; atendimento 24h aos finais de semana e feriados)

• Disque 100 (gratuito, 24h por dia, todos os dias)

• Centro Integrado 18 de Maio: (61) 2244-1512 / (61) 2244-1513