Abril é o mês dedicado à conscientização sobre a Doença de Parkinson, com destaque para o Dia Mundial de Conscientização, celebrado em 11 de abril, data que marca o nascimento de James Parkinson, o médico britânico que primeiro descreveu a condição em 1817. A Doença de Parkinson é uma condição neurológica degenerativa e progressiva, que afeta principalmente a mobilidade, mas frequentemente também o comportamento e a cognição, tornando as atividades cotidianas, como caminhar, tomar banho e vestir-se, mais difíceis. Estima-se que cerca de 200 mil pessoas no Brasil vivem com a doença, e mais de 4 milhões de pessoas em todo o mundo são afetadas.
A Doença de Parkinson ocorre devido à degeneração de neurônios produtores de dopamina, um neurotransmissor responsável pela comunicação entre as células nervosas, controle dos movimentos, motivação, dentre outras funções. Entre os principais sintomas, estão tremores nas extremidades, rigidez muscular, lentidão dos movimentos, além de dificuldades de equilíbrio e alterações na fala e na deglutição. Embora a doença se manifeste de maneira gradual, muitas vezes, os primeiros sinais, como a lentidão dos movimentos e os tremores, são mais notados por familiares e amigos.
De acordo com o neurologista Dr. Heitor Lima, especialista em doenças neurodegenerativas, não há cura para a Doença de Parkinson, mas o tratamento adequado pode controlar os sintomas e melhorar a qualidade de vida do paciente. “O tratamento é individualizado, mas geralmente inclui medicamentos que ajudam a aumentar os níveis de dopamina no cérebro. Além disso, a fisioterapia e outras terapias complementares, como a fonoaudiologia e a psicoterapia, podem ser extremamente eficazes no controle dos movimentos, na melhoria da mobilidade, melhora da qualidade de vida e da funcionalidade”, explica o Dr. Heitor.
A detecção precoce da doença é essencial para um tratamento eficaz. Exames de imagem, como a ressonância magnética e a cintilografia com traçadores dopaminérgicos, às vezes são úteis no diagnóstico. Com o tratamento adequado, é possível retardar a progressão dos sintomas da doença e proporcionar aos pacientes uma vida mais ativa e independente por mais tempo. O mês de abril, portanto, serve como um lembrete para a importância de estarmos atentos aos sintomas e procurar ajuda médica assim que necessário, garantindo mais qualidade de vida para aqueles que convivem com a Doença de Parkinson.
