Com estreia prevista para 3 de dezembro, a peça teatral solo “Somos Como Somos e não Cromossomos” é estrelada pelo ator brasiliense Lucio Piantino, de 26 anos, que tem Síndrome de Down e atua desde os 13 anos de idade.
No palco, Lucio interpreta quatro personagens criados por ele e que têm relação direta com sua história de vida: o artista plástico, o B-boy (hip-hop), o deputado e a Drag Queen Úrsula Up.
A arte está presente na vida do ator desde os seis meses de idade, quando interpretou Jesus no presépio da escola dos irmãos e peças em família. Desde então, a cada ano, ele interpreta um personagem nas apresentações de Natal da família.
Lurdinha Piantino, mãe do ator e diretora de Produção do espetáculo, conta que Lucio nasceu e cresceu em um ambiente cercado de arte, sendo incentivado pela família desde os onze meses de idade a brincar com tintas e pincéis. “De lá para cá, meu filho sempre participou de eventos culturais promovidos pela família e, aos doze anos, pediu para sair da escola por causa do preconceito sofrido, adotou a pintura como forma de afirmação e fez sua primeira exposição aos 13. Nunca mais parou”, conta Lurdinha.
Em 2013, durante o 1º Festival de Cultura Inclusiva do DF, no CCBB-Brasília, Lucio participou do espetáculo “Diversos Dias”. Na ocasião, a peça contava com vários atores e atrizes com diferentes deficiências, como Síndrome de Down, pessoa com autismo, pessoas cegas, cadeirantes e pessoas com paralisia cerebral. A partir daí, Lucio se dedicou e deu continuidade à sua carreira de ator, estreando na peça “O improvável amor de Luh Malagueta e MC Limonada”.
Lucio tornou-se, depois destas experiências, um artista completo, explorando todas as oportunidades criativas ao longo de sua jornada. Portanto, ele pinta, dança, toca instrumentos de percussão, tem habilidades com malabares (como diabolô e muchacho), toca um pouco de violão e já compôs uma música. Isso sem contar que escreve poesias e se aventura no Beatbox.
Os projetos culturais do ator – o que inclui este espetáculo – têm sido patrocinados pelo Fundo de Apoio à Cultura (FAC), do GDF desde 2012. Quando Lucio não está envolvido nos seus projetos pessoais, trabalha como monitor em eventos culturais em vários locais do Distrito Federal, como o Museu Nacional, por exemplo.
O espetáculo
Temas importantes são abordados como inclusão social; a necessidade de cumprir direitos básicos, como acessibilidade atitudinal (que é a que reconhece as pessoas com deficiência como pessoas que devem ser percebidas pelos outros sem preconceitos, estigmas, estereótipos e discriminação). Outros temas tratados são a sexualidade das pessoas com deficiência e a aceitação das pessoas LGBTQIA+.
A peça “Somos como Somos e não Cromossomos” tem sido o maior desafio da carreira do Lucio. Até o momento, a equipe conta que é desconhecido se alguma outra Companhia de Teatro realizou um espetáculo solo com um ator com Síndrome de Down. Nesta produção inédita, quatro personagens distintos são interpretados com muito texto e coreografia. Lucio acredita que o personagem mais difícil de interpretar foi o deputado, já que não foi fácil chegar na personalidade e no jeito dele.
Com este novo desafio em sua vida, Lucio passa a mensagem de que ele se sente feliz na vida e nos palcos, e que é esse o legado que quer deixar para seu público. “Eu sou um artista plástico conhecido, dançarino, ator, chefe de cozinha, faço críticas nas redes sociais. Sou um cara legal e muito aventureiro. Minha mensagem, no final das contas, é de que sou feliz. Triste é o preconceito”, comenta.
Sobre o espetáculo “Somos Como Somos e Não Cromossomos” – Apoiado pelo Fundo de Apoio à Cultura (FAC), do GDF, o espetáculo “Somos como somos e não cromossomos”, previsto para estrear em dezembro, é uma peça teatral solo, estrelada pelo ator brasiliense Lucio Piantino, de 26 anos, que tem Síndrome de Down. No palco, Lucio interpreta quatro personagens elaborados por ele e que têm relação direta com sua história de vida. São eles: o artista plástico, o B-boy (hip-hop), o deputado e a Drag Queen Úrsula Up.
Na narrativa destes personagens, temas importantes são abordados como inclusão social, a necessidade de cumprir direitos básicos como acessibilidade atitudinal, que é a que reconhece as pessoas com deficiência como pessoas que devem ser percebidas pelos outros sem preconceitos, estigmas, estereótipos e discriminação. Outros temas tratados são a sexualidade das pessoas com deficiência e a aceitação das pessoas LGBTQIA+.
FICHA TÉCNICA:
Ator – Lucio Piantino
Diretora de produção, Texto, Figurino e Cenografia – Lurdinha Piantino
Diretora de palco – Mônica Gaspar
Contrarregra e atriz – Joana Piantino
Coreógrafo do basquete e ator- Fred Magalhães/ Patubatê
Coreógrafo do B-boy – Rafael Alves
Coreógrafo da Drag/ trilha da Drag – Filipe Fiákra
Estilista da Drag – Sandra Lima
Maquiadora – Andyva Dyva
Operadora de som e trilha sonora- Anna Moura
Iluminadora – Ana Quintas
Gravação e edição – Miá Filmes
Teatro SESC Newton Rossi – SESC Ceilândia
Fotógrafo: Leonardo de Souza
Assessoria de Imprensa: Proativa Comunicação

