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Moeda socioambiental leva inovação e sustentabilidade

Transformar o lixo em dinheiro pode parecer um conceito utópico, mas no Guará uma iniciativa está tornando esta ideia uma realidade tangível. O projeto Ecograna, desenvolvido pelo Instituto Arapoti, está revolucionando a forma como encaramos a reciclagem e a preservação ambiental. Inspirado em uma experiência bem-sucedida em Montenegro, no Rio Grande do Sul, onde comunidades inteiras transformam toneladas de resíduos recicláveis em recursos financeiros, o Ecograna é uma moeda socioambiental, que possibilita a troca direta de materiais recicláveis por dinheiro. A cada Ecograna, equivalente a 1 real, uma contribuição valiosa é feita para um ambiente mais limpo e saudável.

A proposta não se limita apenas à valorização dos resíduos recicláveis, mas também promove uma mudança cultural e comportamental em relação ao consumo e à disposição final dos materiais. Ao participar do Ecograna, os voluntários não apenas contribuem para a preservação do meio ambiente, mas também têm a oportunidade de compreender melhor o mercado da reciclagem, recebendo certificações que podem ser úteis até mesmo em futuras oportunidades de estágio ou emprego.

O Ecograna proporciona uma alternativa sustentável para o destino dos resíduos, além de promover a economia local, estabelecendo parcerias com diversos comércios onde a moeda pode ser utilizada para realizar compras. Padarias, brechós, lojas de produtos sustentáveis e outros estabelecimentos aderem ao projeto, criando uma rede de apoio mútuo, que fortalece a comunidade e impulsiona a economia circular.

Cristiane Pereira, coordenadora do Hackacity Guará, expressa o desafio e a determinação por trás do desenvolvimento de projetos que visam tornar as cidades mais inteligentes e sustentáveis. “Desenvolver um projeto para tornar uma cidade inteligente é desafiador! Mas temos realizado com muita força de vontade e metodologia adequada com o Projeto Hackacity Guará, que é alinhado aos conceitos da Carta Brasileira para Cidades Inteligentes e a metodologia de execução formatada pelo Instituto Multiplicidades”, afirma.

A proposta do Ecograna vai além de uma simples transação financeira. É um convite para a comunidade se engajar ativamente na construção de um futuro mais consciente e sustentável. Seja trocando seus resíduos por Ecograna, seja apoiando os estabelecimentos parceiros, cada ação contribui para um impacto positivo no meio ambiente e na qualidade de vida das pessoas.

Segundo a  coordenadora pedagógica da Incubadora Hackacity, Juliana Martineli, o Ecograna foi uma iniciativa revolucionária e de destaque na Incubadora de Projetos. Na prática, o Ecograna é como a “criptomoeda do lixo” ao incentivar a troca de resíduos reciclados por pontos. Alguém do comércio chama a cooperativa de reciclagem, pesa o lixo e o transforma em pontos, para trocar em outros negócios no Guará.

“Temos grandes potenciais e ideias em um mercado com poucos concorrentes. Brasília é um grande oceano azul de negócios, por isso conseguimos criar muitas coisas e ter várias oportunidades. Descobri uma paixão muito grande ao ajudar a desenvolver negócios no DF”, ressalta Juliana.

O Hackacity Guará é uma iniciativa do Conselho de Desenvolvimento Econômico, Sustentável e Estratégico do Distrito Federal – Codese-DF, com apoio da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação do DF e da Administração do Guará, e fomento do Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação do Brasil.