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Monitor de Secas registra intensificação do fenômeno em Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul em agosto. DF segue livre de seca

A última atualização do Monitor de Secas aponta que no Centro-Oeste houve, em agosto, o agravamento da seca em Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul em função do avanço da seca extrema no sul goiano, da seca grave no sul de Mato Grosso do Sul e da seca moderada tanto em Goiás quanto em Mato Grosso. No caso do Distrito Federal, o fenômeno não foi registrado pelo sétimo mês consecutivo: entre fevereiro e agosto. Somente o DF não teve registro do fenômeno no último mês entre as 21 unidades da Federação acompanhadas pelo Monitor de Secas.

Em Goiás, entre julho e agosto, a área com seca extrema dobrou no estado, passando de 9% para 18% do território. Esta é a maior área com seca extrema e a condição mais severa de Goiás em seu histórico no Mapa do Monitor, iniciado em junho de 2020. O estado teve a quinta maior área com seca (333.896km²) e se manteve com quase 2% do território livre do fenômeno.

Mato Grosso registrou o aumento da área com seca moderada, que passou de 12% para 26% do estado entre julho e agosto. Esta é a condição mais severa de Mato Grosso desde sua recente entrada no Mapa do Monitor em junho de 2021.

No caso de Mato Grosso do Sul, entre julho e agosto, 100% do território do estado registrou seca, condição verificada desde a entrada do território sul-mato-grossense no Mapa do Monitor em julho de 2020. Agosto teve a intensificação da seca grave, que avançou de 56% para 60% do estado. Tal situação, somada aos 9% de área com seca extrema, é a mais severa de MS desde dezembro de 2020, quando a porção do território sul-mato-grossense com seca grave e seca extrema foi respectivamente de 64% e 12%. Em termos de área total com seca, Mato Grosso do Sul teve cerca de 357 mil km² nessa situação, ficando atrás apenas de Mato Grosso, Bahia e Minas Gerais.

Em agosto deste ano, em comparação a julho, a área com seca se expandiu em uma das 21 unidades da Federação acompanhadas pelo Monitor de Secas: Santa Catarina. Por outro lado, a área com o fenômeno diminuiu em outros três estados: Paraná, Pernambuco e Piauí. Outros 16 estados não tiveram variação do território com seca (Alagoas, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraíba, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, São Paulo, Sergipe e Tocantins). O Distrito Federal permanece sem registrar o fenômeno desde fevereiro.

Em 12 estados, 100% de seus territórios registraram seca em agosto: Bahia, Ceará, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraíba, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo, Sergipe e Tocantins. Exceto o DF, que não teve registro de seca no último mês, as demais oito unidades da Federação acompanhadas pelo Monitor apresentam entre 56,5% e 98,2% de suas áreas com o fenômeno, sendo que para percentuais acima de 99% considera-se a totalidade dos territórios com seca.

As cores do gráfico indicam as regiões CENTRO-OESTE, SUDESTE, NORDESTE, SUL e NORTE.

Em termos de severidade do fenômeno, 14 estados tiveram uma intensificação da severidade da seca em julho: Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo e Tocantins. Nos casos de Mato Grosso, Rio de Janeiro e São Paulo; foi verificada a situação de seca mais severa no histórico de cada um deles no Monitor.

A região entre o noroeste paulista e o Triângulo Mineiro é a única com seca excepcional – a mais severa na escala do Monitor. Com isso, São Paulo e Minas Gerais são as duas unidades da Federação com seca excepcional respectivamente em 14,83% e 2,74% de seus territórios.

Em Alagoas, Ceará e Rio de Janeiro a severidade do fenômeno se manteve estável entre julho e agosto. Por outro lado, Bahia, Espírito Santo e Sergipe tiveram abrandamento da situação de seca, enquanto o DF segue sem o fenômeno desde fevereiro.

Com base no território de cada unidade da Federação acompanhada, Mato Grosso lidera a área total com seca, seguida por Minas Gerais, Bahia, Mato Grosso do Sul e Goiás.

As cores do gráfico indicam as regiões CENTRO-OESTE, SUDESTE, NORDESTE, SUL e NORTE.

O Monitor realiza o acompanhamento contínuo do grau de severidade das secas no Brasil com base em indicadores do fenômeno e nos impactos causados em curto e/ou longo prazo. Os impactos de curto prazo são para déficits de precipitações recentes até seis meses. Acima desse período, os impactos são de longo prazo. Essa ferramenta vem sendo utilizada para auxiliar a execução de políticas públicas de combate à seca e pode ser acessada tanto pelo site monitordesecas.ana.gov.br quanto pelo aplicativo Monitor de Secas, disponível gratuitamente para dispositivos móveis com os sistemas Android e iOS.

Com uma presença cada vez mais nacional, o Monitor abrange as cinco regiões do Brasil, o que inclui os nove estados do Nordeste, os três do Sul, os quatro do Sudeste, os três do Centro-Oeste com o Distrito Federal, além de Tocantins. O processo de expansão continuará até alcançar todas as 27 unidades da Federação.

O Monitor de Secas é coordenado pela Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), com o apoio da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (FUNCEME), e desenvolvido conjuntamente com diversas instituições estaduais e federais ligadas às áreas de clima e recursos hídricos, que atuam na autoria e validação dos mapas. As instituições que atuam no Monitor de Secas em suas respectivas unidades da Federação são as seguintes:

DISTRITO FEDERAL: Agência Reguladora de Águas, Energia e Saneamento Básico do Distrito Federal (ADASA);

GOIÁS: Secretaria do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (SEMAD);

MATO GROSSO: Superintendência de Proteção e Defesa Civil de Mato Grosso (SUPDEC) e a Secretaria de Estado de Meio Ambiente de Mato Grosso (SEMA);

MATO GROSSO DO SUL: Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar (SEMAGRO) e o Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (IMASUL).

A metodologia do Monitor de Secas, em operação desde 2014, foi baseada no modelo de acompanhamento de secas dos Estados Unidos e do México. O cronograma de atividades inclui as fases de coleta de dados, cálculo dos indicadores de seca, traçado dos rascunhos do Mapa pela equipe de autoria, validação dos estados envolvidos e divulgação da versão final do Mapa do Monitor, que indica a ausência do fenômeno  ou uma seca relativa, significando que as categorias de seca em uma determinada área são estabelecidas em relação ao próprio histórico da região.

Assessoria Especial de Comunicação Social (ASCOM)

Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA)