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Período de chuvas traz preocupação com o aumento de casos de Dengue

As chuvas e o tempo quente, situações muito comuns nesta época do ano, são ambientes propícios para a reprodução e o desenvolvimento rápido do mosquito Aedes Aegypti. Com isso, aumentam os casos de dengue e outras doenças transmitidas pelo mosquito, como zika e chikungunya. 

 

Segundo boletim da Secretaria de Vigilância em Saúde, do Ministério da Saúde, até o dia 5 de dezembro, ocorreram 1.400.100 casos prováveis de dengue no Brasil este ano. Esse número representa uma taxa de incidência de 656,3 casos por 100 mil habitantes. Em comparação com o ano de 2021, ocorreu um aumento de 172,4% de casos no período. 

 

A região Centro-Oeste, em 2022, apresenta a maior taxa de incidência de dengue, com 1.993,0 casos/100 mil hab., e a cidade com o maior número de registros é Brasília/DF, com 67.274 casos (2.174,1 casos/100 mil hab.). Em seguida, vêm Goiânia/GO, com 53.796 casos (3.458,2 /100 mil hab.) e Aparecida de Goiânia/GO, com 25.138 casos (4.176,8 casos/100 mil hab.). 

 

Prevenção 

A melhor forma de combater a dengue é com a prevenção. “Os procedimentos seguem os mesmos que são conhecidos e reforçados a cada ano: evite água parada, use repelente e, se possível, vacine-se”, afirma David Urbaez, médico infectologista do Exame Medicina Diagnóstica, pertencente à Dasa, maior rede de saúde integrada do Brasil. 

 

O médico explica que a vacina de dengue é indicada a partir de 9 anos de idade, para pessoas que tenham sido previamente infectadas por um dos vírus da doença. Para aplicar a vacina, são necessários o pedido médico e o exame que comprove a infecção. 

 

Outra característica da dengue é o fato de que a doença pode evoluir para casos graves. Até o dia 5 de dezembro, foram confirmados 1.414 casos de dengue grave, segundo o boletim epidemiológico do Ministério da Saúde. 

 

“Na forma grave da dengue clássica, frequentemente existe inflamação do fígado, isto é, hepatite por dengue”, informa Dr. David Urbaez. Segundo o especialista, isso pode ocorrer por causa da resposta imune em razão da infecção viral, que provoca danos às células hepáticas, e, nos casos mais graves, pode reduzir a irrigação do sangue do órgão e evoluir para insuficiência hepática. 

 

Para o infectologista, “apesar de mais raros, há casos de pessoas que apresentam complicações e sequelas após contrair a dengue, por isso, é importante manter a prevenção e procurar atendimento médico quando ocorrerem sintomas”.