Com o crescimento das plataformas de streaming musical, muitos acreditam que o rádio perdeu relevância, mas para Tuka Carvalho, empresário e referência em gestão musical no Brasil, essa visão está longe da realidade.
De acordo com ele, o rádio continua sendo uma ferramenta estratégica e uma vitrine essencial para o sucesso de artistas e músicas no cenário nacional.
“O rádio ainda tem um alcance gigantesco, principalmente fora dos grandes centros e mais do que isso, ele gera validação. Quando uma música toca nas rádios, ela passa a fazer parte da rotina das pessoas”, afirma.
Responsável por grandes projetos como “Respeita Minha História”, “Trilogia” e “Pagodeira…”, Tuka Carvalho acompanha de perto a movimentação do mercado e destaca que, embora o streaming ofereça dados e volume, o rádio ainda tem o poder de impulsionar a popularidade e consolidar a presença de uma música.
“O sucesso no digital precisa do reforço do offline. Quando um hit está tocando no rádio e nas plataformas ao mesmo tempo, é sinal de que a música está realmente atingindo o grande público, é preciso uma estratégia combinada de avaliação de desempenho, analisar apenas o streaming não traz uma visão completa do impacto da música”, conta.
Audiência e comportamento
Tuka Carvalho reforça que o rádio continua relevante por atingir um público diverso, inclusive aqueles que não são heavy users de redes sociais ou serviços de streaming.
Além disso, ele lembra que a curadoria das rádios ainda influencia fortemente os hábitos de escuta e o consumo de música no Brasil.
“Tem muita gente que conhece músicas novas pelo rádio, e ele continua sendo um espaço importante de descoberta, principalmente para novos artistas”.
Integração, não substituição
O segredo está na integração entre os canais: rádio, streaming, redes sociais e plataformas de vídeo. A soma dessas estratégias é o que constrói carreiras sólidas no cenário musical atual.
“Não é uma questão de escolher entre rádio ou streaming, os dois são importantes e se complementam, e quem entende isso sai na frente”.
“O rádio se adaptou e continua sendo uma das formas mais fortes de conexão entre a música e o público”, explica Tuka Carvalho.