O IBGE prevê para fevereiro de 2021, em Brasília, uma inflação de 0,62%. É a maior taxa para o mês de fevereiro desde 2016, quando o IPCA15 de Brasília ficou em 1,01%. Ficou acima da previsão de 0,33% para janeiro de 2021. Já a previsão de inflação em nível nacional ficou em 0,48%. No acumulado do ano, o IPCA15 da capital federal registra 0,96%, e no acumulado em 12 meses está em 3,55%.


Cinco dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados em Brasília apresentam altas em fevereiro, sendo que o grupo transportes registra a maior variação mensal (2,44%) e maior impacto (0,53 ponto percentual) no cálculo do índice geral. Destaque para altas nos preços do item combustíveis (5,81%) e, principalmente, seu subitem gasolina (6,03%), registrando o maior percentual de aumento entre as 11 regiões metropolitanas/municípios pesquisados. Destaque também para a alta de 5,77% no subitem passagem aérea.
Para o grupo alimentação e bebidas, a variação mensal de fevereiro (0,74%) é a menor desde agosto de 2020 (-0,41%). Entre os itens com maiores altas aparecem tubérculos, raízes e legumes (5,69%) e seus subitens cebola (31,19%) e tomate (4,58%); frutas (5,40%) e seus subitens manga (14,36%), banana-prata (13,89%) e melão (8,01%). No lado das quedas, destaques para os subitens couve-flor (-10,19%), pimentão (-7,23%) e alface (-6,48%). Vale destacar que o IPCA15 do grupo alimentação e bebidas acumula, em 12 meses, uma inflação de 12,23%.
O grupo habitação (-0,66%) está entre os quatro com variações mensais negativas no IPCA15 de fevereiro, em Brasília, tendo o maior impacto negativo (-0,08 ponto percentual) no cálculo do índice geral. O item energia elétrica residencial (-5,91%) foi o principal responsável pela queda.
Para o cálculo do IPCA-15, os preços foram coletados no período de 15 de janeiro a 11 de fevereiro de 2021 (referência) e comparados com aqueles vigentes de 12 de dezembro de 2020 a 14 de janeiro de 2021 (base). O indicador refere-se às famílias com rendimento de 1 a 40 salários mínimos e abrange as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e Goiânia. A metodologia utilizada é a mesma do IPCA, a diferença está no período de coleta dos preços e na abrangência geográfica.
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