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Torneios de xadrez e videogame estimulam o raciocínio e a convivência no sistema socioeducativo do DF

A Secretaria de Justiça e Cidadania do Distrito Federal (Sejus-DF), por meio da Subsecretaria do Sistema Socioeducativo (Subsis), tem investido em práticas inovadoras de educação e cidadania para adolescentes em cumprimento de medidas socioeducativas. Exemplo disso são os torneios de xadrez e videogame promovidos ao longo dos meses de maio e junho deste ano, com participação ativa dos socioeducandos e resultados positivos no desenvolvimento intelectual, emocional e social dos jovens.

No dia 9 de junho, a Unidade de Internação Provisória de São Sebastião (UIPSS) sediou o I Torneio de Xadrez do Sistema Socioeducativo do DF, reunindo adolescentes da própria unidade e da Unidade de Internação de Planaltina (UIP). A competição contou com a participação de oito socioeducandos, quatro de cada unidade, todos integrantes do projeto de xadrez realizado por servidores das instituições.

O torneio seguiu o modelo do Sistema Suíço, com cinco rodadas e emparceiramentos definidos a partir do desempenho dos jogadores. A metodologia proporcionou partidas equilibradas e desafiadoras, estimulando a concentração, o raciocínio lógico e a disciplina. Ao final das disputas, os adolescentes da UIP ocuparam os três primeiros lugares no pódio, recebendo medalhas e prêmios simbólicos, doados pela Diretoria de Semiliberdade.

O xadrez tem sido utilizado como ferramenta pedagógica e de ressocialização, promovendo não apenas o desenvolvimento cognitivo, mas também a reflexão crítica sobre valores, direitos e deveres, o autoconhecimento e a construção de uma consciência cidadã. A UIPSS conta hoje com uma sala totalmente equipada para a prática do xadrez, consolidando o espaço como referência na inserção do jogo no cotidiano socioeducativo.

Copa Fifa mobiliza socioeducandos das unidades de semiliberdade

Outro destaque do período foi a realização da Copa Fifa – 1º Torneio de Videogame do Sistema Socioeducativo, voltada aos adolescentes vinculados às medidas de semiliberdade. O campeonato foi disputado com o jogo FIFA 25 no PlayStation 5, tendo como objetivo principal utilizar os jogos eletrônicos como aliados no fortalecimento de competências cognitivas e sociais dos socioeducandos.

Cada uma das seis Gerências de Semiliberdade (GERSEMI) promoveu uma fase classificatória, envolvendo cerca de 15 participantes em cada unidade. Os finalistas competiram no dia 11 de junho, em uma grande final realizada no BRB Lab, ambiente escolhido por proporcionar uma atmosfera descontraída e lúdica aos adolescentes.

Na fase final, os oito classificados foram divididos em duas chaves, com jogos eliminatórios. O título ficou com o representante da Gerência de Semiliberdade da Metropolitana, que venceu o finalista da Gerência do Gama 2. Os quatro primeiros colocados receberam prêmios simbólicos, com apoio da Igreja Universal, responsável pela doação dos equipamentos, do jogo e do lanche servido na ocasião.

Além da competitividade saudável, a Copa Fifa reforçou o uso dos videogames como recurso pedagógico. Estudos indicam que jogos desse tipo contribuem para o desenvolvimento de habilidades como estratégia, resolução de problemas, atenção visual, memória, raciocínio lógico e multitarefa – competências cada vez mais valorizadas no ambiente educacional e profissional.

Educação e cidadania como pilares

As duas ações evidenciam a importância de iniciativas que unem educação, cultura, lazer e cidadania no processo socioeducativo. A Sejus-DF, por meio da Subsis, reafirma seu compromisso com a ressocialização humanizada, oferecendo aos adolescentes oportunidades reais de transformação por meio do acesso ao conhecimento, à convivência e à valorização das suas potencialidades.

A secretária de Justiça e Cidadania do DF, Marcela Passamani, destacou a relevância dessas experiências na formação de novos caminhos para os jovens. “Acreditamos que todo jovem tem potencial de mudança, e é papel do Estado garantir que ele tenha acesso a ferramentas que despertem esse potencial. Atividades como o xadrez e os videogames, quando inseridas em um contexto educativo e humanizado, promovem autonomia, foco, raciocínio e respeito ao próximo. São experiências que transformam, que constroem novos futuros”, disse.