Eficiente em doenças respiratórias e de pele, o corticoide é um medicamento que tem sido usado também no combate à infecção pelo novo coronavírus. Entretanto, a longa exposição à medicação pode desencadear um desequilíbrio na produção natural de cortisol pelo corpo e gerar também muitos efeitos colaterais graves, como desencadear diabetes tipo 2.“Para o tratamento da infecção por Covid-19, remédios como a prednisolona e dexametasona têm sido receitados por médicos no momento da consulta. Entretanto, o abuso desses medicamentos pode prejudicar a produção natural do hormônio cortisol. Após este período de pandemia, muitas pessoas deverão procurar o endocrinologista para avaliar a produção deste hormônio, o desmame da medicação e suas reações adversas sobre diversas doenças”, explica a endocrinologista do Hospital Brasília Jamilly Drago.De acordo com a médica, o corticoide é utilizado especialmente em doenças respiratórias e tópicas, como asma e alergias, tanto virais quanto de pele. É produzido em laboratório e tem como base os hormônios produzidos pelas glândulas adrenais.“O uso dos corticoides se dá pela sua ação anti-inflamatória potente nas doses utilizadas, permitindo que na segunda fase da covid-19 – a partir da segunda semana dos sintomas – a lesão nos pulmões seja controlada”, conta a médica endocrinologista do Núcleo de Assessoria Médica da Dasa/Exame Imagem e Laboratório Andrea Fragoso Perozo. “É importante entender que somente nos casos graves, com necessidade de oxigênio, e em pacientes intubados que encontramos benefício no uso desses medicamentos, levando a uma redução de 20% a 30% nas mortes, como mostrou o estudo RECOVERY da Universidade de Oxford no ano passado”, continua.No corpo, os efeitos colaterais a longo prazo vão desde aumento do apetite a perda do sono, aumento da pressão arterial e principalmente aumento de açúcar no sangue. “O corticoide é um dos principais medicamentos que levam ao diabetes tipo 2, pois afetam indiretamente o pâncreas, órgão responsável pela produção e distribuição da insulina no sangue. Assim, o paciente tem um aumento na glicemia e pode não voltar ao normal. O endocrinologista é responsável por orientar sobre a prevenção e tratamento do diabetes e avaliar o uso e a retirada dos corticoides”, explica Jamilly Drago.Jamilly ainda recomenda que, após a contaminação por covid-19 e o uso de medicamentos como corticoide, são indicados exames para avaliar a dependência do cortisol no sangue e assim proceder o desmame da medicação de forma adequada.“Além desses efeitos, no longo prazo o uso de corticoides também ocasiona efeitos como a osteoporose, glaucoma, aumento no risco de infecções, entre outros. Seu uso também não pode ser parado abruptamente por pacientes que usaram altas doses do medicamento e/ou por longos períodos, e a redução deve ser gradual e acompanhada por um médico para evitar um quadro de insuficiência adrenal”, conta a endocrinologista Andrea Fragoso Perozo. “Por isso os pacientes nunca devem usar corticoides por conta própria e devem estar cientes dos efeitos colaterais no curto e longo prazo. No ambiente hospitalar, onde se encontram os quadros da covid-19 que podem ser tratados com esses medicamentos, é uma boa prática a monitorização da glicemia capilar e da pressão arterial de forma frequente, requisitando o suporte de um médico especialista sempre que necessário para tratar possíveis complicações”, finaliza. |
Hospital BrasíliaFundado em 1987, o Hospital Brasília está localizado no Lago Sul e é centro de referência de alta performance em saúde, com infraestrutura, tecnologia e equipes capacitadas para emergências, atendimentos eletivos e de alta complexidade. Possui selos de certificação desde 2004 e, em 2018, foi o primeiro hospital do Distrito Federal a receber a certificação Internacional Diamante Qmentum Global/ Metodologia Canadense. Possui também a certificação em ONA 3.É referência no atendimento em Neurologia, Cardiologia, Onco-Hematologia e Pediatria, seguindo protocolos internacionais na área de AVC e Dor Torácica. Realiza transplantes de fígado, coração e rim e possui uma unidade de transplante de medula óssea, onde ocorrem transplantes autólogos e alogênicos. Conta com um Centro de Robótica, no qual são executadas cirurgias torácicas, oncológicas, urológicas, ginecológicas, do aparelho digestivo e de cabeça e pescoço.O Hospital tem Pronto Atendimento 24h nas especialidades de Clínica Médica, Cirurgia Geral, Ortopedia, Pediatria, Cardiologia e Ginecologia e um dos Centros Cirúrgicos mais completos da cidade. Conta ainda com UTIs adulto e pediátrica e um moderno e completo Centro de Diagnóstico, com laboratórios, diagnóstico por imagem e abordagem intervencionista nas áreas de Neurologia, Cardiologia e Vascular.O Hospital Brasília pertence à Rede Ímpar que possui 7 hospitais nos estados de São Paulo (Hospital Santa Paula e H9J), Rio de Janeiro (Hospital São Lucas Copacabana e Complexo Hospitalar de Niterói – CHN) e Distrito Federal (Hospital Brasília, Maternidade Brasília e Hospital Águas Claras) e que se uniu à DASA, líder em medicina diagnóstica no Brasil e GSC Integradora de Saúde. |