Conhecida por prevenir o câncer de colo de útero, a vacina contra o HPV, ou Papiloma Vírus, está relacionada não apenas à prevenção deste tipo da doença, mas também a outros tipos de câncer, como o de pênis, ânus, orofaringe e outros.
O Papiloma Vírus é um dos responsáveis pelas doenças sexualmente transmissíveis (DSTs) mais comuns do mundo e que nos homens costumam provocar lesões como: verrugas genitais e infecções que atingem a pele do pênis ou ânus e as partes em torno dele, alterações pré-cancerígenas, que podem acarretar em alguns tipos de câncer, como: câncer no pênis, no ânus, na boca, na garganta, nos pés e nas mãos.
No mês em que a saúde masculina ganha destaque, especialistas lembram que além do câncer de próstata outras doenças podem ter diagnóstico precoce ou até mesmo serem evitadas.
“O HPV é transmitido através da relação sexual, seja ela uma relação vaginal, anal ou oral. Esse é um tipo de infecção que pode ser silenciosa, ou progredir de forma lenta, tendo os sintomas descobertos apenas quando já está em um estágio mais avançado. Por isso a importância dos exames rotina”, afirma o médico Jairo Lyra Filho, urologista oncológico e cirurgião robótico do Instituto de Câncer de Brasília (ICB).
Prevenção
Uso do preservativo (camisinha) feminino ou masculino nas relações sexuais é a principal forma de prevenção do HPV. Outra forma muito importante é a vacinação.
No Brasil, as campanhas de vacinação contra o HPV ocorrem em março e setembro, mas a vacina permanece o ano inteiro disponível nas Unidades Básicas de Saúde do SUS e também em laboratórios privados. Devem tomá-la as meninas de 9 a 14 anos e também os meninos de 11 a 14 anos.
Em países como Estados Unidos, Suécia e Canadá, as taxas de infecção oral pelo vírus já caíram até 80% com a imunização. E na Austrália, o primeiro a iniciar a vacinação, o HPV é, atualmente, um microorganismo praticamente eliminado.