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Mastigação incorreta pode causar até dor lombar, alerta especialista

O fisioterapeuta e PhD em Neuroanatomia Mario Sabha explica que isso acontece porque os músculos mandibulares possuem ligações com o pescoço, cabeça e coluna. Qualquer problema em um deles pode causar dores em outras partes do corpo. “Os músculos mastigatórios, assim como do corpo todo, acabam fazendo compensações e, por isso, qualquer desequilíbrio naquela região pode causar dores perto do quadril”, afirma.

De acordo com o especialista, não são raros os casos de pacientes que, por causa da mastigação incorreta, possuem outros sintomas, como distúrbios do labirinto, dores de cabeça e no ouvido. “Algumas pessoas passam por diversos especialistas, fazem tratamento durante muitos anos e ainda permanecem com as dores, porque alguns exames não mostram esse tipo de disfunção”, diz. “É preciso testar a dinâmica da mastigação para conseguir identificar um desequilíbrio”, completa.

Sabha alerta que a má postura pode agravar as dores lombares

O PHD em Neuroanatomia alerta ainda que os problemas bucais, somados à má postura, podem agravar o desconforto na lombar. “A postura inadequada exige uma sustentação diferente da parte média e baixa da coluna e, se não tratada a tempo, pode recrutar outros músculos que acabam sofrendo sobrecargas causando dores em diversas regiões do corpo”, pontua o especialista.

Tratar o problema vai muito além do uso de medicamentos, conforme alerta da associação de médicos dos Estados Unidos, o Colégio Americano de Médicos (ACP). Sabha orienta procurar um especialista que ajude a identificar a origem do incômodo e consiga realizar a harmonização da mastigação e outras partes afetadas. “É possível fazer um tratamento completo por meio de terapias manipulativas, proporcionando o relaxamento dos músculos, a mobilidade em algumas articulações do crânio, melhora da irrigação sanguínea de cabeça e pescoço”, diz. “O fundamental é buscar profissionais que observem o corpo como um todo e não só a área dolorida para dar um diagnóstico correto e poder indicar o tratamento adequado para cada caso”, completa Mario Sabha.