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Brasiliense e Gama traçam planos para pós-Candangão

Brasiliense e Gama fazem, neste sábado, o segundo jogo da final do Candangão 2020, no Bezerrão. Os primeiros 90 minutos da decisão favoreceram o Jacaré, que venceu o rival por 3 a 1. Para reverter o placar, o Gama precisa de 2 gols de vantagem, o que leva a decisão para os pênaltis. Para evitar as penalidades e ir direto ao título, o alviverde deve ganhar por 3 ou mais gols de diferença, o que coroaria o bicampeonato candango e isolaria o clube no posto de maior campeão do DF. Independente de quem for o campeão deste ano, ambos os clubes almejam mais do que esse título o para o restante da temporada.

Retorno polêmico

 O mundo do esporte foi completamente afetado pela pandemia da covid-19 e no Distrito Federal, não foi diferente. Brasiliense e Gama tiveram suas atividades presenciais suspensas em março e, apenas em junho, voltaram ao treinos. Um mês após o retorno dos treinamentos, os jogos do Candangão voltaram, mesmo em momento crítico da doença. Após o fim da decisão de as duas equipes têm objetivos semelhantes para o resto da temporada: o acesso para a série C do Brasileirão, algo que os dois times não conseguem há um bom tempo.

Brasiliense, bem mais novo que seu rival, foi fundado em 2000, ano que estreou na série C, onde ficou por três temporadas, até ser campeão nacional em 2002 e se classificar para a segunda divisão. Em seu segundo ano na série B, foi campeão novamente e subiu para a elite do futebol brasileiro. Em 2005, o clube disputou a primeira divisão do campeonato brasileiro, chegou ao segundo lugar da Copa do Brasil, foi rebaixado e, de volta à série B, conseguiu se manter por 5 temporadas (2006 – 2010). Após isso, caiu para série C, onde ficou de 2011 a 2013, quando foi novamente rebaixado, desta vez para série D, onde está há sete anos. 

“No ano de 2020, o clube completou 20 anos de fundação. Pra celebrar essa data tão importante, o clube almeja o acesso para a Série C. Ainda é incerto a Copa Verde, mas caso ela aconteça, o clube pretende participar da competição.Como a Série D já começa logo após o fim do Candangão, o planejamento continua o mesmo, com a mesma rotina de treinos e preparação.”, destacou a assessoria de comunicação do clube, que está otimista para o restante da temporada e ainda busca novas peças para ter um plantel competitivo. “A equipe está monitorando o mercado, em busca de peças pontuais para reforçar o elenco.” 

O Gama, por sua vez, foi campeão da série B em 1998, conseguiu o acesso à primeira divisão, que disputou por quatro temporadas (1999 – 2002). Em 2003, foi rebaixado para a série C mas já no ano seguinte, foi vice campeão da terceira divisão e voltou para a segunda divisão, onde permaneceu por quatro temporadas (2005 – 2008). Em 2009, retornou para a série C e lá se segurou apenas por duas temporadas. Assim, desde 2011 o Periquito disputa a quarta divisão brasileira, sem conseguir mais acessos.

Com um Candangão totalmente adaptado às normas da pandemia, as arquibancadas do Bezerrão vazias não resultaram apenas na ausência dos cânticos e apoio da torcida durante os jogos. Segundo o presidente do clube, Weber Magalhães, a falta do torcedor prejudica o clube em vários aspectos. “Boa parte da nossa renda vinha da presença da torcida no estádio, estamos buscando parceiros frequentemente para aliviar esta situação”, contou Weber. 

Mesmo sem tantos recursos, o Presidente demonstra ânimo para os próximos campeonatos e ainda planeja reforçar o elenco com novos jogadores. “O objetivo do Gama é sempre buscar o título, um grande clube como o nosso não pode ter outra ambição que não seja esta. Temos um grupo qualificado e tenho certeza que temos totais condições de trazer o troféu para casa. Estamos sempre conversando com o Vilson Taddei, quando ele nos pede algum reforço nós fazemos um esforço para viabilizar. É claro que para as próximas duas competições teremos que trazer algumas peças pontuais para reformar o elenco.”, afirmou o dirigente.

Os dois times já com história no cenário nacional, hoje amarguram na última divisão brasileira e sofrem com a situação. A falta de investimentos e de apoio no esporte candango dificulta o seu crescimento. Ainda assim, os clubes e seus dirigentes batalham ano a ano para que os tempos áureos de Brasiliense e Gama, no passado, voltem a ser uma realidade e  exista impulso para voos mais altos.

Primeira partida da final teve vantagem do Brasiliense. Foto: Matheus Maranhão / Radio Bsb Sports/Divulgação.

Por Gustavo Choairy

Fotos: cedidas por Matheus Maranhão / Radio Bsb Sports/Divulgação
Supervisão de Luiz Claudio Ferreira

Agência de Notícias UniCeub