Leia mais

Mais lidas

Útimas notícias

Governo anuncia reestruturação da Agetop

Envolvida em escândalos de corrupção nos últimos anos, a Agetop deve ser reestruturada. O anúncio foi feito pelo governador Ronaldo Caiado, nesta sexta-feira, dia 11, durante entrevista ao programa Papo Político, da CBN Goiânia.

Segundo apontou, a Agência Goiana de Transporte e Obras está associada a corrupção e a prisões de dirigentes das gestões dos ex-governadores Marconi Perillo e José Eliton. Ele anunciou que vai mudar o nome da companhia e pediu aos goianos que enviem sugestões. “Goiás não pode mais conviver com este estigma de folha policial, de corrupção”, comentou.

Aos jornalistas Luiz Geraldo, Fabiana Pulcineli e Mariani Ribeiro, o governador comentou a indicação de Enio Caiado para a presidência da Agência Goiana de Transportes e Obras (Agetop). Questionado por um ouvinte sobre o parentesco com o engenheiro civil,  disse que as indicações feitas são baseadas na experiência profissional e na capacidade dos gestores.

“Estou colocando exatamente pessoas que eu sei que vão tratar daquele assunto com a mesma responsabilidade que eu trataria, que vão respeitar as regras de compliance aplicadas pela Controladoria, pela Procuradoria. É um governo de transformação em Goiás”, afirmou Caiado.

CGE

Outro ponto destacado pelo governador foi a nomeação de Henrique Ziller para a Controladoria Geral do Estado (CGE) como parte do esforço para reequilibrar as contas públicas. Ele é auditor de controle externo do Tribunal de Contas da União (TCU) e foi indicado pelo presidente da Corte, José Múcio Monteiro.

“Fui o primeiro governador a ir a Brasília negociar com o governo federal. Agora trazemos o Henrique Ziller, um nome sugerido pelo próprio Tribunal de Contas da União, para a nossa equipe. Vamos receber delegação do Ministério da Economia para fazer este diagnóstico das nossas contas e buscar alternativas. Agora Goiás tem governo, tem governador. Tudo que estamos fazendo irrita quem nunca fez nada pelo Estado”, disse o governador.

Medidas emergenciais

Ronaldo Caiado defendeu o que chamou de “medidas emergenciais” contra o atraso no pagamento da folha de dezembro dos servidores públicos, que não foi empenhada pela equipe do ex-governador José Eliton. Ele garantiu que não haverá cortes de energia e de água até que a folha de janeiro seja paga.

Além disso, comentou o pedido para que prefeituras avalizem servidores junto aos comércios locais para amenizar as dificuldades geradas pelo atraso. “Precisamos de alternativas para a situação atual. Cada região demanda uma solução diferente. Mas estamos buscando outras. Já determinei a suspensão da cobrança do Ipasgo, já recomendei que Enel e Saneago não façam cortes e que o Detran não realize cobranças diante do cenário atual”, afirmou.

Perguntado por um ouvinte sobre as movimentações financeiras realizadas pelo ex-governador José Eliton nos últimos dias de seu governo, Caiado foi enfático. O governador questionou os empenhos da folha feitos pela gestão passada a apenas algumas categorias e alguns dos pagamentos realizados no apagar das luzes.

“O ex-governador José Eliton tem de responder porque empenhou as folhas do Tribunal de Contas do Estado, da Assembleia e não empenhou a dos servidores. Eu assumi no dia 1º de janeiro, herdei um problema”, disse. Segundo ele, sua equipe encontrou apenas R$ 11 milhões nas contas do Estado – a folha de pagamento ultrapassa os R$ 1,6 bilhão.

Dez dias

Caiado fez um balanço positivo dos primeiros dez dias à frente do Governo do Estado, apesar da grave situação fiscal encontrada por sua equipe. Elencou ações importantes já realizadas, como o convênio com prefeituras para a recuperação de estradas, as negociações junto ao governo federal para que o Estado possa equilibrar as contas públicas, a suspensão de incentivos fiscais danosos ao Estado, a prorrogação da votação do Orçamento estadual, entre outras.

“Nós conseguimos vitórias, antes da posse, que nenhum governador eleito havia conseguido. Já conseguimos que 1.300 policiais voltassem para suas atividades, estamos nos esforçando para normalizar a situação do Hospital Materno-Infantil, aplicamos um compliance em todos os setores do governo. Abandonamos utopias e estamos enfrentando a realidade”, apontou.