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Monitor de Secas registra melhora das condições de seca no Distrito Federal, Goiás e Mato Grosso do Sul

A última atualização do Monitor de Secas aponta que no Centro-Oeste houve, em fevereiro, o recuo da seca grave e da seca moderada em Mato Grosso do Sul e Goiás, além do recuo da seca extrema no norte de Mato Grosso do Sul. Também foi observado o desaparecimento da seca fraca no Distrito Federal em decorrência de chuvas acima da média.

Em fevereiro, a única das 20 unidades da Federação acompanhadas pelo Monitor de Secas que não registrou o fenômeno foi o Distrito Federal, sendo que em janeiro 100% de seu território registrou seca fraca. O DF teve a melhor situação do Brasil quanto ao fenômeno no último mês.

Em Goiás, o estado deixou de ter seca em 100% de seu território em fevereiro, diferente do que aconteceu em janeiro, com 3% de área livre do fenômeno. Enquanto a seca grave se manteve estável em 6% nos últimos dois meses, o território com seca grave caiu pela metade, recuando de 55% para 27% de Goiás. Assim, fevereiro registrou a redução da área com seca e a severidade do fenômeno no estado.

No caso de Mato Grosso do Sul, em fevereiro aconteceu a condição de seca mais branda já registrada desde a entrada do estado no Mapa do Monitor em julho de 2020. No último mês, o território sul-mato-grossense teve o desaparecimento das áreas com seca extrema (o pequeno percentual é desconsiderado) pela primeira vez desde julho de 2020. Ainda em fevereiro foi registrado o menor percentual de área com seca grave no estado: 16%. Esta porção é menos da metade do segundo mês com menor área com seca grave em Mato Grosso do Sul no histórico: 35,3% em outubro de 2020. Em fevereiro o estado teve a segunda maior área absoluta com seca (357.125km²), ficando atrás apenas da Bahia (472.443km²). Desde a entrada de MS no Mapa do Monitor, há seca em 100% do território sul-mato-grossense.

Em fevereiro deste ano, em comparação a janeiro, as áreas com seca tiveram redução em nove das 20 unidades da Federação acompanhadas pelo Monitor de Secas: Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Piauí, Rio de Janeiro, São Paulo e Santa Catarina. O DF foi o que teve a maior mudança com a extinção do fenômeno em seu território – o único sem seca no contexto do Monitor. Três estados do Sudeste também tiveram fortes reduções de áreas com o fenômeno: Espírito Santo (79,9%), Rio de Janeiro (61,3%) e Minas Gerais (42%).

Já em dez unidades da Federação, 100% de seus territórios continuaram com seca no último mês em comparação a janeiro: Alagoas, Ceará, Mato Grosso do Sul, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Sergipe e Tocantins.

As cores do gráfico indicam as regiões CENTRO-OESTE, SUDESTE, NORDESTE, SUL eNORTE.

Em termos de severidade do fenômeno, 13 estados tiveram o abrandamento da seca entre janeiro e fevereiro: Bahia, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Tocantins. Em outras sete unidades da Federação, o grau de severidade da seca aumentou: Alagoas, Ceará, Paraíba, Pernambuco, Rio Grande do Norte, São Paulo e Sergipe. Enquanto na Bahia houve o fim da seca grave junto com o aumento da área total com seca, em São Paulo aconteceu a expansão do território com seca grave acompanhada da redução da área total com o fenômeno.

Com base no território de cada unidade da Federação acompanhada, a Bahia lidera a área com seca, seguida por Mato Grosso do Sul e Goiás.

As cores do gráfico indicam as regiões CENTRO-OESTE, SUDESTE, NORDESTE, SUL eNORTE.

O Monitor realiza o acompanhamento contínuo do grau de severidade das secas no Brasil com base em indicadores do fenômeno e nos impactos causados em curto e/ou longo prazo. Os impactos de curto prazo são para déficits de precipitações recentes até seis meses. Acima desse período, os impactos são de longo prazo. Essa ferramenta vem sendo utilizada para auxiliar a execução de políticas públicas de combate à seca e pode ser acessada tanto pelo site monitordesecas.ana.gov.br quanto pelo aplicativo Monitor de Secas, disponível gratuitamente para dispositivos móveis com os sistemas Android e iOS.

Com uma presença cada vez mais nacional, o Monitor agora abrange as cinco regiões do Brasil, o que inclui os nove estados do Nordeste, os três do Sul, os quatro do Sudeste, Tocantins, Goiás, Distrito Federal e Mato Grosso do Sul. O processo de expansão continuará até alcançar todas as 27 unidades da Federação.

O Monitor de Secas é coordenado pela Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), com o apoio da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (FUNCEME), e desenvolvido conjuntamente com diversas instituições estaduais e federais ligadas às áreas de clima e recursos hídricos, que atuam na autoria e validação dos mapas. As instituições que atuam no Monitor de Secas em suas respectivas unidades da Federação são as seguintes:

  • DISTRITO FEDERAL: Agência Reguladora de Águas, Energia e Saneamento Básico do Distrito Federal (ADASA);
  • GOIÁS: Secretaria do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (SEMAD);
  • MATO GROSSO DO SUL: Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar (SEMAGRO) e o Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (IMASUL).

A metodologia do Monitor de Secas, em operação desde 2014, foi baseada no modelo de acompanhamento de secas dos Estados Unidos e do México. O cronograma de atividades inclui as fases de coleta de dados, cálculo dos indicadores de seca, traçado dos rascunhos do Mapa pela equipe de autoria, validação dos estados envolvidos e divulgação da versão final do Mapa do Monitor, que indica a ausência do fenômeno  ou uma seca relativa, significando que as categorias de seca em uma determinada área são estabelecidas em relação ao próprio histórico da região.