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Acidentes de trabalho caem na indústria de transformação do DF

Por Cristiano Carlos

O número de acidentes de trabalho na indústria de transformação do Distrito Federal caiu de forma significativa entre os anos de 2015 e 2017, de acordo com o Anuário Estatístico de Acidentes de Trabalho 2017, publicado recentemente pela Secretaria de Previdência do Ministério da Fazenda.

No período, as ocorrências tiveram queda de 42% nas indústrias responsáveis por fabricação de móveis, 47% nas fabricantes de cimento e 77% nas indústrias responsáveis pela fabricação de produtos de metais. No setor de infraestrutura do DF, nas atividades de construção de tirantes, obras de contenção e terraplanagem, a diminuição no número de acidentes de trabalho caiu 100%.

Já em todos os setores do mercado formal do Distrito Federal, para cada grupo de mil contratos trabalhistas ativos, foram registrados pouco mais de nove acidentes, nos anos de 2016 e 2017. O número representa queda de 17% nas ocorrências, em comparação com os dados divulgados pelo Anuário Estatístico de Acidentes de Trabalho 2014, quando pouco mais de 11 acidentes de trabalho foram registrados, em cada grupo de mil contratos trabalhistas, no DF.

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Para especialistas da área, esforço das indústrias na prevenção e promoção da segurança e saúde do trabalhador beneficia a cadeia produtiva com a diminuição das ocorrências de acidentes, o Estado com a redução de pagamentos de benefícios e o trabalhador com aumento de qualidade de vida e bem-estar.

“Às vezes, os empresários têm custos muito altos com o afastamento dos trabalhadores e quando investem na promoção da saúde, visam diminuir esse afastamento, aumentar a produtividade dos trabalhadores. Então, com certeza, investir em saúde e segurança no trabalho não posso nunca dizer que é prejuízo. É um investimento que tem sim resultado”, explica a coordenadora de Segurança e Saúde na Indústria, do SESI-DF, Fabiana Soares.

No Brasil

O número de acidentes de trabalho caiu, durante os últimos anos, em todo o Brasil. De 2008 a 2017, a taxa de incidência no país passou de 22,98 para 13,74 acidentes a cada mil vínculos empregatícios, de acordo com a Secretaria de Previdência do Ministério da Fazenda.

Em 2015, as indústrias e empresas nacionais investiram mais de R$ 28 bilhões, apenas com a Contribuição do Grau de Incidência de Incapacidade Laborativa decorrente dos Riscos Ambientais do Trabalho, e foram responsáveis pelos custos de interrupção de produção, de substituição de trabalhadores incapacitados e com despesas administrativas de acompanhamento dos acidentes de trabalho junto à Previdência, de acordo com dados de pesquisa realizada pelo SESI. 

Além disso, cerca de 88% das empresas do país realizam programas de promoção da segurança no trabalho, com investimentos maiores que o mínimo exigido pelas normas vigentes, e quase 85% realizam monitoramento de aspectos ergonômicos do ambiente de trabalho, ou seja, buscam melhores adaptações de máquinas e equipamentos para promoverem a segurança dos funcionários.

“Nós, realmente, acreditamos que é possível diminuir custos para as empresas e melhorar os resultados. Com certeza, a gestão dessas informações em saúde e segurança na indústria é que vão favorecer esses resultados, até porque, o fato de cumprir a legislação já é um sinal da necessidade de cuidar dos trabalhadores”, lembra Fabiana Soares.

Propostas da Indústria

A Confederação Nacional da Indústria, a CNI, publicou o estudo “Modernização Previdenciária e da Segurança e Saúde no Trabalho”, que faz parte de um conjunto de 43 propostas que foram entregues aos candidatos à presidência da República.

Entre as Propostas da Indústria para as Eleições 2018, está a inclusão de metas em saúde e segurança do trabalho na participação nos lucros e resultados das empresas; o acesso à Comunicação de Acidente do Trabalho (CAT) por meio eletrônico; modernização do sistema de pagamentos de benefícios e que as empresas participem da perícia médica do INSS, entre outras.

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