Gestores refletem sobre os desafios das universidades corporativas
Pós-pandemia, segmento retoma agenda presencial para fortalecer o engajamento e o fomento de práticas bem-sucedidas.
Quais os desafios e as tendências para o futuro das universidades corporativas? São algumas das perguntas que motivaram as discussões do XV Encontro Nacional de Gestores das Universidades Corporativas, realizado em Brasília. O evento propiciou a aproximação de grandes empresas de diversos segmentos em torno do mesmo propósito: compartilhar práticas de desenvolvimento profissional alinhado aos negócios.
A presidente da Anitec – Associação Nacional de Inovação, Trabalho e Educação Corporativa, Eleonora Ricardo, reforça a necessidade de fortalecer esse tipo de iniciativa. “Esse trabalho de integração é essencial, pois precisamos ampliar esse tipo de investimento das empresas voltado para a capacitação de pessoas”, reflete. Atualmente, a Anitec estima mais de 130 instituições engajadas no segmento.
Para Eleonora, essa articulação entre as universidades corporativas, que representam o mundo do trabalho e da academia, também “é uma das respostas para o apagão de mão de obra no Brasil, vivenciado nos últimos tempos.” “Precisamos compartilhar todo potencial de inovação, pesquisa, cultura, aprendizagem e tecnologias para ajudar no desenvolvimento desse país”, enfatiza.
A presidente-executiva do Grupo Sabin, Lídia Abdalla, enaltece o engajamento e o fomento das práticas entre as universidades corporativas. “As universidades corporativas desempenham um papel fundamental na integração, capacitação e desenvolvimento de competências para a conquista dos objetivos estratégicos das empresas. Em 2009, criamos a Unisabin, que tem sido um benchmark inspirador para outras companhias. Faz parte da nossa atuação empresarial incentivar ações e eventos com foco no desenvolvimento e capacitação de pessoas. Por isso, incentivamos nossos gestores a compartilharem experiências com outras empresas para levar nosso case e também aprender com outros exemplos de sucesso”, afirma.
Um modelo bem consolidado, apresentado durante o encontro, é o da Universidade Corporativa do Grupo Sabin, chamado de UniSabin, que existe há 15 anos dentro da Instituição. Especialmente durante a pandemia, a empresa viu a vantagem de contar com uma ferramenta de educação dentro de casa para preparar seus profissionais para esse enfrentamento e o futuro pós-pandemia.
Segundo a diretora Administrativa e de Pessoas, Marly Vidal, um dos grandes desafios, dentro da universidade, é manter um desenvolvimento acelerado, principalmente focado nos soft skills. “Pensamos em competências para o futuro e como essas habilidades comportamentais se conectam com a própria tecnologia e, principalmente, ancorado em pilares de diversidade, equidade e inclusão”, explica.
Para Marly, a gestão da UniSabin sempre foi muito importante para a organização. “Nosso modelo mantém sinergia com vários processos da gestão de pessoas que envolvem o crescimento profissional de nossos colaboradores, como mapeamento de talento, promoção interna, formação de liderança e sucessão.”
Marly acredita nessa estratégia para manter a competitividade da empresa em diferentes circunstâncias. “Precisamos dessa ferramenta para direcionar as pessoas para as aptidões já demandadas ou novas, quer seja num processo de integração, ou nos novos negócios, dentro do próprio ecossistema. A universidade tem todo esse know how, de ajudar na preparação dos profissionais, para suportar o crescimento e a perenidade do negócio”, completa.