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Abril é o mês de conscientização e combate ao câncer de testículo. A campanha chamada Abril Lilás, busca informar e mostrar a importância dos cuidados com a saúde masculina. No Brasil, a doença corresponde a 5% do total de casos de câncer entre homens, de acordo com dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA). Caio Guimarães Neves, médico oncológico do Instituto de Câncer de Brasília (ICB), afirma que, apesar de rara, a doença atinge, principalmente, homens entre 15 e 50 anos e se for detectada precocemente é tratável e curável. “Ela apresenta baixo índice de mortalidade quando diagnosticada em estágios iniciais”, aponta. “Os pacientes devem ficar atentos ao aparecimento de nódulos; aumento ou diminuição dos testículos; endurecimento; sangue na urina; dor ou desconforto sem causa aparente na parte baixa do abdômen; e sensibilidade dos mamilos”. A falta de informação e, em alguns casos, o preconceito são algumas das razões que levam os homens a deixarem de lado as consultas de rotina e procedimentos simples, indolores e fundamentais para identificar a doença. “Mesmo que raro, o câncer de testículo é um tipo agressivo, pois evolui de forma muito rápida com a duplicação das células tumorais”, ressalta Caio. “É por isso que os homens devem se cuidar e se preocupar com a própria saúde. É importante que eles possam realizar os exames de prevenção para manter uma vida saudável”. Dentre os fatores de risco para a doença estão: histórico familiar, infertilidade, exposição a agrotóxicos e Criptorquidia (quando um ou os dois testículos não descem para a bolsa escrotal). O tratamento é feito com cirurgia, onde o testículo é extraído em parte ou totalmente – dependendo do tamanho da lesão e dos marcadores tumorais – e com radioterapia, quimioterapia e controle clínico. “A função sexual e reprodutiva dos pacientes não é afetada quando o outro testículo está saudável”, finaliza o médico.

O deputado distrital Robério Negreiros (PSD) apresentou um projeto de lei (PL 2689/22) que cria o “Programa Jovem Doador” para conscientizar os alunos do ensino médio da rede pública de ensino sobre a importância da doação regular de sangue e de medula óssea como um processo de salvar vidas. A ideia é que a Secretaria de Educação do DF, por meio da Diretoria de Ensino Médio e a Fundação Hemocentro de Brasília, fique responsável pelo planejamento e pela execução das ações educativas nas escolas.

Segundo o texto, as ações devem ocorrer durante a primeira semana do mês de fevereiro, no mês de junho (em que se comemora o Dia do Doador de Sangue) e na primeira semana do mês de novembro. O objetivo é aumentar o estoque de sangue e de medula óssea da Fundação Hemocentro de Brasília, a fim de atender ao grande aumento de demanda durante o período de Carnaval e de férias.

Para Robério, ainda que o assunto tenha recebido destaque na grande mídia, ainda há muito a se fazer dentro desse contexto de captação de jovens doadores. “A chegada dos doadores aos serviços de hemoterapia se configura como etapa essencial para que se possibilite o acesso da população à atenção hematológica e hemoterápica”, destaca o parlamentar.

Ainda de acordo com o deputado, esse trabalho educativo na captação, despertando a consciência para a necessidade de doação de sangue e medula óssea, é fundamental. “Os esforços precisam ser conjuntos entre o governo e a sociedade para consolidar a doação como prioritária na vida das pessoas. E a intenção do nosso projeto é justamente pensar o real e criar estratégias de transformação”, esclarece.